Um furo de reportagem do SBT, pode afastar temporariamente de sua profissão, o advogado Ércio Quaresma, que defende o goleiro Bruno Fernandes. Na última semana, a emissora mineira exibiu um vídeo em que mostra o advogado fumando crack em uma favela mineira.
Ao descobrir a existência do vídeo, o advogado de outros cinco acusados pela morte de Eliza Samudio, resolveu conceder entrevista ao jornal O Dia e ao programa TV Verdade, da afiliada do SBT, e confirmou o vício em crack, mas disse que passa por tratamento.
Com a repercussão do caso, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), Luís Cláudio Chaves, determinou a abertura de um processo disciplinar contra o advogado. Segundo Chaves, o processo pede que seja avaliada uma suspensão preventiva, o que afastaria liminarmente o advogado de Bruno do exercício da profissão.
Já o presidente em exercício da Comissão de Ética da OAB, Fábio Henri, disse que a suspensão de Quaresma é "inevitável". Henri assina, nesta quarta-feira (17/11), um parecer pedindo a suspensão do advogado por 60 dias. "A comissão é obrigada a atuar como mais celeridade e rigor, porque tem uma repercussão muito negativa", disse Henri.
Segundo ele, as imagens são claras. "Há materialidade e a suspensão é inevitável", afirmou.
No vídeo é possível ver que houve uma confusão sobre o valor pago pela droga, mas um dos traficantes se acalma ao saber que se trata do advogado de Bruno.
Prisão
No ano passado, Quaresma chegou a ser preso com pedras de crack escondidas na boca em uma favela de Belo Horizonte. Na entrevista à emissora mineira, ele contou que há um ano e meio buscou ajuda profissional especializada para se livrar do vício, mas nesse período teve três recaídas.
Ex-policial na década de 1980, o advogado de 46 anos chegou a concorrer como candidato ao governo de Minas Gerais em 1994 e gosta de contar que trabalhou em outros casos de repercussão nacional - o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang e massacre de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, ambos no Pará.
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