segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RIO: COMPLEXO DO ALEMÃO JÁ ESTÁ DOMINADO PELAS FORÇAS DO ESTADO

'Marginal sem casa, sem arma, sem território, sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes', afirma secretário de segurança do Rio.



'ZEU, CADÊ O MACHÃO?', VAIAM MORADORES DO ALEMÃO

Preso "Zeus" é o principal chefe dos bandidos do Complexo do Alemão. Criminoso participou da morte do jornalista Tim Lopes.

 Assassino de Tim Lopes não estava armado no momento da prisão
Pouco depois de ser apresentado no 16º BPM (Olaria), por volta das 16h30 deste domingo (28), o traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, foi vaiado pela população. Em coro, moradores do Alemão diziam: "Zeu, cadê o machão?".

O traficante é um dos homens condenados por participar da morte do jornalista Tim Lopes, da TV Globo, e foi preso nesta tarde na localidade conhecida como Coqueiral, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Zeu, era foragido da Justiça e não estava armado.

No mesmo momento da prisão de Zeu, um pai entregou o filho, que seria traficante, à polícia.

O traficante Zeu participou também da ação que derrubou o helicóptero da Polícia Militar e na invasão Morro dos Macacos, em Vila Isabel (zona norte do Rio), em outubro do ano passado, segundo inquérito da Polícia Civil.

O Disque-Denúncia do Rio estava oferecendo uma recompensa de R$ 10 mil por informações que ajudassem a localizar e prender o traficante Zeu. Bandido foi preso em 2002.

O bandido foi beneficiado com a progressão para o regime semiaberto em 2007 e não retornou mais à prisão. Em agosto deste ano, o programa " Fantástico", da TV Globo, mostrou imagens de Zeu vendendo drogas e circulando de moto pelas ruas do morro do Alemão.

Veja a cobertura completa da onda de crimes no Rio

A guerra do Rio contra o tráfico teve mais um capítulo, decisivo, neste domingo. Nas primeiras horas da manhã policiais civis, militares e federais, com o apoio do Exército e da Marinha, começaram a invadir o Complexo do Alemão. Muitos tiros foram ouvidos, mas a progressão territorial das tropas não obteve grande resistência por parte dos criminosos.

Por volta das 9h20, o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, decretou a vitória do Estado sobre o tráfico.

"Tomamos. Todos os pontos aonde deveríamos chegar foram alcançados pelos batalhões. Não tivemos tanta dificuldade nas progressões porque as aeronaves ajudaram bastante. Ainda tivemos apoio à distância da Força Aérea, e os blindados fizeram os seus papéis. Vencemos! Trouxemos a liberdade para o Complexo do Alemão. Agora é um trabalho de busca, procura, prisão e apreensão.

Pouco depois, o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, também confirmou que a parte alta do Complexo do Alemão já está toda ocupada. Esta área corresponde às comunidades do Areal e Coqueiros

Uma semana de guerra

Em resposta à implantação das UPPS (Unidades de Polícia Pacificadora), a onda de violência no Rio começou no fim da noite de sábado (20), com ataque na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Desde então, os moradores do Rio de Janeiro não tiveram mais paz.

O terror continuou no domingo e se intensificou nos dias seguintes. Na quarta-feira (24), os bandidos passaram o dia espalhando medo pela cidade. Veículos foram queimados e cabines da polícia metralhadas.

O governo do Estado já avisou que, apesar do clima de terror instaurado, não dará um passo atrás. De acordo com o governador Sérgio Cabral, trata-se de uma reação desesperada dos criminosos.
(Fonte: G1/ O Dia online/ Enviado: Flávio Pereira)

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