quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PARA REFLETIR: DESAFIOS PARA 2011


 A cada inicio de ano fazemos planos que pretendemos realizar: uns querem mudar de emprego, outros querem mudar de aparência, outros sonham em ficar ricos, mas o que diferencia 2011 dos anos anteriores é que este será um ano de desafios.

Teremos pela primeira vez uma mulher como presidente da República e esse é um marco histórico. Espero de Dilma um governo técnico e meritocrático com menos favorecimento às “panelinhas” políticas que se formam nas campanhas. Oxalá que o Brasil se consolide como uma das grandes potências econômicas mundiais, mas que também se desenvolva no atendimento à nossa sociedade no que lhe é mais negado: novamente a saúde, a educação e segurança pública.

Começaremos o ano com prefeituras falidas (inclusive a de Salvador) e com novos prefeitos substituindo aos cassados. Que possam fazer diferente, favorecer menos a si mesmos e combater o nepotismo, essa chaga que alastra a corrupção!
Outro grande desafio que se impõe para esse novo ano é a redução da violência, principalmente contra a mulher e a criança. Ainda somos o país da impunidade e os agressores continuam em liberdade, praticando-a com mais voracidade.

Nossos políticos tentam modificar o artigo V da Constituição Federal, garantindo a todos os brasileiros o direito à felicidade. Pasmem e pensem! O que te faz feliz? Ter um carro top de linha? Para quem tem dinheiro, sim. Mas para quem está com fome, felicidade pode significar ter uma refeição. Portanto, felicidade é um estado de espírito, não há leis que possam garanti-la.

Não é uma hipocrisia a felicidade constar na Carta Magna de um país onde ainda há muita gente que vive na miséria ou que passa mais de um ano esperando que o SUS libere um exame mais complexo? Felicidade é abrir as páginas do jornal e constatar que nossos jovens estão morrendo vítimas da violência, do tráfico e de outras mazelas sociais?

Não podemos perder o nosso poder de se indignar com a injustiça e a violação de nossos direitos básicos. Tecnicamente somos todos iguais perante a lei, mas na prática isto não é verdade. Que em 2011 repensemos o nosso papel na sociedade e nos indaguemos: o que queremos para nós? Qual o legado que nossos filhos, irmãos, sobrinhos herdarão? Não podemos mudar o mundo num passe de mágica, mas pequenas ações podem fazer a diferença.

Particularmente, gosto da frase do professor José Pacheco, um português miúdo, porém um grande homem, que com atitudes simples e um jeito diferente tem modificado a educação em seu país. Diz ele que “é urgente interferir humanamente no íntimo das comunidades humanas, questionar convicções e, fraternalmente, incomodar os acomodados".

É isso que tenho tentado fazer. Incomodar os acomodados. Não com “palavras bonitinhas” mas com pensamentos que podem parecer comuns e que às vezes plantam uma “pulguinha” atrás da orelha. Sou uma pessoa comum, graças a Deus, com defeitos e virtudes, como todos nós, humanos que somos e se minhas palavras incomodam, consegui atingir meu objetivo. Gostaria ainda de informar aos caríssimos “anônimos” que, como já afirmei diversas vezes, não tenho nenhum interesse em ser candidata ou ocupar qualquer cargo na política cipoense, pois já tenho um trabalho que me remunera decentemente e que não depende de política ou indicações de políticos. Portanto, gostaria de esclarecer aos incomodados que se faço trabalho voluntário é por pura e simples satisfação pessoal. As pessoas deveriam experimentar como é bom receber um abraço e ou um beijo na face apenas por contar uma história, ler um livro, levar uma palavra de conforto para alguém que precisa de carinho e atenção.

A humanidade perdeu tanto a credibilidade em si mesma que sempre se acredita que as pessoas fazem algo esperando retorno ou agem sempre com interesse em algo. Não podemos julgar as pessoas pelo prisma de nossos valores pessoais.
Que o ano que inicia seja produtivo para todos nós e que os nossos projetos de vida se realizem para que vivamos momentos felizes, pois se fossemos felizes todo o tempo esses momentos não teriam valor algum.
Feliz Ano Novo!
(Por: Niclécia Gama / Postado: Arildo Lene)

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