O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Heliópolis (SINDHELI) em Assembléia Extraordinária realizada neste sábado, 05, aprovou o retorno dos professores ao trabalho, depois de 29 dias de greve. Os professores receberam o pagamento do mês de outubro com os descontos do dias parados e isto contribuiu sobremaneira para que a decisão fosse tomada por afetar ainda mais as combalidas finanças dos professores. Isto tudo, mesmo tendo o advogado do SINDHELI, Dr. Lázaro Paulo Apolônio Ferreira, impetrado com antecedência um Mandado de Segurança Preventivo. Os professores não puderam contar com uma decisão favorável, sobretudo em tempo hábil, da Juíza, Drª Cristiane Menezes Santos Barreto. A Meritíssima indeferiu a liminar, dando autonomia ao município para efetuar os descontos ou não, embora tenha pedido ao prefeito esclarecimentos, no prazo de dez dias, sobre a paralisação. O julgamento do mérito ainda não aconteceu. O professor José Quelton Almeida está solicitando de todos que tiveram descontos o comparecimento ao sindicato para materializar tomada de providências jurídicas.
Além dessas providências, o SINDHELI deve entrar com “DISSÍDIO COLETIVO” a fim de forçar o gestor municipal a negociar com a categoria de servidores da educação via justiça, para evitar maiores prejuízos para os servidores. A partir de agora, a categoria vai fiscalizar todas as verbas educacionais conjuntamente com os conselheiros do FUNDEB, do CAE, e demais conselhos existentes no município, tomando ações devidas no Ministério Público Federal e TCM, com a finalidade de transformar a gestão dos recursos da educação em algo mais transparente. Logo após a decisão, os professores manifestaram toda sua indignação contra o comportamento da gestão municipal. Estavam presentes à assembleia os líderes sindicais Derkian (de Cipó), Solon (de Adustina) e Ednei, o Tchê do Sertão (de Canudos). O clima era de revolta e decepção.
SINDHELI DIVULGA NOTA DE AGRADECIMENTO:
A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos de Heliópolis – SINDHELI – pelo seu presidente, prof. José Quelton Almeida, lança nota na imprensa agradecendo aos servidores que participaram do movimento e a todos os setores da sociedade que ajudaram no apoio aos professores durante os 29 dias do movimento paradista. Veja nota na íntegra:
"SINDHELI PARABENIZA E AGRADECE AOS SERVIDORES QUE DEMOCRATICAMENTE ADERIRAM À GREVE EM HELIÓPOLIS-BA"
Depois desse período de greve, Heliópolis nunca mais será a mesma. Foi um grande exercício da cidadania em busca de direitos, pois os professores mostraram que gradativamente estão perdendo o medo de enfrentar aqueles que se dizem “poderosos”. Sabemos que estamos bem aquém de sindicalistas que atuam em grandes movimentos pelo Brasil a fora, e em boa parte de Sergipe, por exemplo, o SINTESE, sobretudo mostramos que podemos crescer muito mais, acreditando no desenvolvimento intelectual e social de todos os servidores públicos desta municipalidade. A manifestação do último sábado, dia 05 de novembro, tivemos a participação de vários pais de alunos, servidores públicos, sindicalistas regionais e demais interessados a fim de mostrar a toda comunidade heliopolense que a nossa paralisação não fora considera ilegal e que a categoria continuava firme no movimento.
Por tudo isso, todos àqueles que tiveram a coragem de aderir à greve por tempo indeterminado, acreditando primeiramente em si próprios, estão de parabéns pela postura exemplar que inclusive, com certeza, encheram de orgulho os seus respectivos familiares e amigos e ao mesmo tempo envergonharam a muitos que poderiam ajudá-los e, sem motivos justificáveis, não o fizeram. A atitude da diretoria do SINDHELI e seus parceiros, que a todo o momento mostrou os reais motivos em deflagrá-la, sempre deixou as decisões com Assembleia, que é soberana. Daí, fica aqui a gratidão do SINDHELI a todos que ajudaram de forma direta ou indireta, que aguentaram até quando puderam e também a responsabilidade de não só defendê-los, mas lutar incessantemente na busca do cumprimento integral por parte dos gestores heliopolenses acerca das leis vigentes. A luta não acabou. A greve foi apenas suspensa para que se tenha uma intervenção da Justiça. Numa guerra, muitas vezes, é preciso saber recuar com sabedoria para então poder retornar em outra batalha ainda mais forte."
(Com informações Landisvalth Blog)
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