sábado, 29 de janeiro de 2011

ESPORTE: CÉSAR SOPRA VELA DOS 19 ANOS E PEDE: 'QUERO APROVEITAR A IMENSIDÃO DO FLA'

Vascaíno na infância e com decepções por Flu e Bota, goleiro promete ficar no clube mesmo com o assédio crescente desde o brilho na final da Copinha. 

Família reunida: parece, mas não é mais um aniversário qualquer

A noite de aniversário ainda lembra os tempos de anonimato. Família reunida na acolhedora casa no Riachuelo, mesas espalhadas pelo quintal e videogame comendo solto na TV em plena calçada. Mas César jamais se lembrará da comemoração de seus 19 anos como apenas mais uma. O clima sem qualquer formalidade na Zona Norte do Rio é o de sempre, mas tudo cheira a transformação. O telefone toca mais do que o habitual. A camisa do Flamengo vira traje até do avô Álvaro, fanático pelo América. O bolo ganha escudo rubro-negro, decoração impensável para quem já foi vascaíno – algo que César se recusa a admitir, sem saber que um dos vizinhos já o havia “dedurado”.

Torcedor, porém, costuma ligar pouco para estes detalhes. Júnior, jogador que mais vezes vestiu a camisa do Flamengo, não nega que já torceu para o Fluminense na infância. O que os rubro-negros realmente querem saber é se César fará história na Gávea, apesar de só ter contrato até o fim do ano e estar vinculado ao Sendas. O goleiro é o único dos campeões da Copa São Paulo com futuro incerto a curto prazo. Mas o discurso lembra o 'agora eu sou Mengão' gritado por Ronaldinho Gaúcho em sua chegada à Gávea.

- Na infância eu adorava futebol, mas não era de ir a estádio, gostava de acompanhar todos os times daqui e de fora – despista o goleiro. – E agora sou Flamengo. Não tem como não ser, foi o clube que me acolheu, que me deu essa alegria de ser campeão com estádio lotado em São Paulo. Não esperava aquela multidão gritando meu nome, nunca joguei para tanta gente nem em preliminar de clássico, não dá para descrever. É claro que eu quero ficar e tenho esperança de que é isso que vai acontecer.

A negociação para a permanência é aparentemente simples. O Sendas cobra R$ 150 mil pela liberação, e César ainda não tem empresário. Mas não faltam interessados. Leonardo Moura, jogador de Eduardo Uram, comentou com o goleiro por alto que seu agente gostaria de conhecê-lo. O destaque da final contra o Bahia já recebeu ligações com outras ofertas.

- Mas nada muito certo, só papo mesmo - comenta.

(Fonte: Globo Esporte/ Enviado: Flavio Pereira)

1 comentários - Comente esta notícia clicando AQUI:

Anônimo disse...

Início nada fácil. Jogou em times grandes (Bota e Flu), saiu por não ter tido apoio das diretorias para pagar as passagens diárias para os treinos. Foi para o projeto social da favela da Mangueira onde obteve ajuda e apoio, disputou o campeonato de favelas do Rio de Janeiro, foi destaque defendendo o time verde e rosa da Mangueira. Chamou a atenção do Sendas (time pequeno) que se encarregou de leva-lo para disputar os campeonatos carioca de futebol de base. Encontrou pelo caminho o Flamengo, não desperdiçou a oportunida única em sua caminhada, se tornou titular da equipe de juniores e CAMPEÃO.
Cesar é exemplo de força de vontade, determinação, obstinação, respeito e humildade. ELE VENCEU!!!

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