segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ABUSO DE PODER: SARGENTO APONTA ARMA PARA GUARDAS APÓS FILHO SER DETIDO EM BLITZ NO RS

Vídeo feito pela Guarda Municipal de Novo Hamburgo mostra ameaças. Segundo Brigada Militar, sargento está de licença por tempo de serviço.



A Brigada Militar de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, abriu sindicância para apurar a conduta de um sargento flagrado fazendo ameaças a guardas municipais depois que seu filho foi parado por uma blitz por suspeita embriaguez.

Imagens feitas pela Guarda Municipal na noite do dia 5 de novembro, entregues à Brigada Militar e postadas no Youtube, mostram o momento em que o sargento Valmir Adão da Silva saca a arma e a aponta para os guardas na blitz em Novo Hamburgo. Apontando a arma para os guardas, o sargento afirma “tire a mão de mim” e “o polícia sou eu, rapaz”.

Nas imagens, os guardas pedem que o sargento guarde a arma. Ele responde: “Eu sou polícia, tu é polícia?”, batendo a arma no peito. Um deles afirma: "Se fosse polícia, não faria isso". Os guardas insistem por alguns minutos, pedindo que o sargento largue a arma. Ele chega a engatilhar a pistola, quando uma mulher pede que ele se controle. Ela não foi identificada pela polícia, que acredita ser alguém da família.

Segundo a Brigada Militar, o sargento carregava uma arma particular e possui porte de arma. Conforme investigação inicial, o sargento, que está em licença por tempo de serviço, foi chamado pelo filho que havia sido parado na blitz dos guardas municipais, por suspeita de embriaguez.

De acordo com o tenente-coronel José Nilo Corrêa Alves, comandante do 25º BPM de São Leopoldo, a que pertence o sargento, o policial tem 28 anos de Brigada e já havia sofrido sanções disciplinares, mas afirma que não pode divulgar o teor dos procedimentos.

Segundo o comandante, o sargento e os guardas ainda deverão ser ouvidos na sindicância interna. Um registro de ameaça foi feito pela Guarda Municipal. O sargento entrou em licença em outubro e deve se apresentar em dezembro. O procedimento deve ser encerrado em 20 dias, mas pode ser prorrogado.

Segundo o comandante, se comprovada a infração, o sargento pode receber desde uma advertência até ser excluído dos quadros da Brigada Militar. Ele também informou que o sargento decidiu não se manifestar sobre as imagens.
(Fonte: G1)

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