A Cooperativa Agropecuária dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Sertão Baiano (Coomab), organizadora da 11ª Festa do Bode, em Paulo Afonso, enviou uma nota à imprensa com esclarecimentos sobre a realização do evento, alvo de denúncia da revista Época desta semana, por suposta autopromoção indevida da imagem do ministro Mário Negromonte (PP) e de seu filho, o deputado estadual Mário Negromonte Júnior (PP). De acordo com a cooperativa, a festa realizada desde 2001 nunca recebeu apoio dos políticos, assim como da Petrobras, da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), do Banco do Nordeste e de nenhum órgão do governo da Bahia, embora todas estivessem no cartaz de divulgação. A Coomab diz que anunciou de graça as marcas, pois buscava “a parceria para a realização do evento e esperavam o apoio, o que não aconteceu em tempo hábil para cancelar a impressão das peças publicitárias onde constavam tais logomarcas e nomes”. Eles dizem que a única participação do ministro foi “solicitar ao setor competente da Chesf para analisar o pleito do Projeto Festa do Bode, que já tinha sido protocolizado” e que as denúncias publicadas na edição desta semana do periódico foram fruto de pessoas ligadas a um grupo político de Paulo Afonso contrário à família Negromonte. Confira aqui a íntegra da carta.
REVISTA ÉPOCA: MÁRIO NEGROMONTE USOU CARGO PARA CONSEGUIR PATROCÍNIO PARA FESTA DO BODE
A revista Época que chega às bancas neste final de semana acusa o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), de usar o cargo para arrancar patrocínio estatal para a Festa do Bode, evento tradicional realizado na semana passada em Paulo Afonso, no norte do estado, e que teria promovido interesses políticos de sua família. Após dificuldades para conseguir patrocínio para a festa, organizada por uma cooperativa capitaneada por Delmiro do Bode, ex-vereador do PP e cabo eleitoral de Negromonte, o ministro teria entrado em ação para conseguir apoio para o evento. Em outubro deste ano, o pepista teria telefonado para a Chesf que, poucos dias depois, autorizou a liberação de R$ 70 mil para o evento. A publicação traz imagens de cartazes da festa que foram espalhados pelas ruas e estampavam o nome de Negromonte e do seu filho, o deputado estadual Mário Filho, ao lado de logotipos de sete órgãos públicos apresentados como patrocinadores. Segundo a revista, a exibição do nome dos dois políticos no cartaz de um evento pago, pelo menos em parte, com verbas oficiais materializa uma situação delicada para Negromonte, já que a legislação brasileira proíbe a promoção pessoal no exercício de cargos públicos e veda qualquer ato que possa ser caracterizado como campanha eleitoral antecipada.
(Com informações Revista Época)
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