Negromonte entrega carta de demissão à Dilma.
Ele comandava a pasta de Cidades e é o 9º ministro a deixar o governo Dilma.
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, do Partido Progressista (PP), pediu nesta quinta-feira (2) demissão do cargo, que ocupava desde o início do governo Dilma Rousseff. A saída ocorre após uma série de denúncias sobre a gestão da pasta e a exoneração de outros dois servidores da cúpula do ministério.
Com a saída, Negromonte reassume o mandato de deputado federal pelo PP-BA. Ele é o nono ministro que sai do governo Dilma - o sétimo envolvido em acusações de irregularidades.
DEMISSÃO
Em sua carta de demissão, Negromonte agradece a presidente Dilma pela confiança que recebeu. Diz que sempre se manteve fiel ao governo da presidente e aponta uma "batalha na mídia" contra ele. No documento, afirma ainda que as denúncias de irregularidades sobre a pasta que comanda não comprovaram nada contra ele.
Na última quarta (1), o deputado Vilson Covatti (PP-SC) disse que Negromonte estava desgostoso com o que chamou de "fogo amigo" dentro do partido. "Ele continuou tendo o fogo amigo, e acho que se desgostou com isso porque continuam as criticas. Ele continua sangrando sem necessidade", disse Covatti.
Vilson Covatti e outros deputados do partido, como Roberto Brito (PP-BA) e Waldir Maranhão (PP-MA), estiveram na tarde desta quarta-feira no gabinete de Negromonte, momento em que, segundo relato de Covatti, foram informados sobre a intenção da demissão. Negromonte aguardava apenas o retorno da presidente Dilma Rousseff do Haiti para oficializar sua saída.
A exoneração do ministro sucede trocas em postos próximos ao ministro. Nesta segunda-feira (30), o "Diário Oficial da União" publicou a exoneração do assessor parlamentar João Ubaldo Coelho Dantas. Na semana passada, o ex-chefe de gabinete do ministro das Cidades, Cássio Peixoto, foi exonerado após ter o nome envolvido em denúncias.
Em novembro, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", ele pressionou funcionários do ministério a fraudar um parecer técnico que recomendava um sistema de transporte mais caro para Cuiabá na Copa do Mundo. Na época, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério, Luiza Gomide, negou a fraude. O ministro Mário Negromonte mandou abrir sindicância interna para investigar o caso.
Na semana passada, o jornal "Folha de S. Paulo" trouxe nova denúncia. Segundo a reportagem, o ministro e dois assessores participaram de reuniões com o dono de uma empresa de informática, que estaria interessado numa proposta milionária de informatização do ministério.
DESGASTE
Desde o ano passado, Negromonte sofria desgaste no cargo, com denúncias sobre o comando da pasta. Em agosto, reportagem da revista “Veja” acusava Negromonte de oferecer R$ 30 mil a ao então líder do partido na Câmara para apoiar sua permanência no cargo. Em nota, ele negou a suposta oferta.
No mesmo mês, reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” mostrava que, em menos de dois meses, o ministério havia liberado R$ 1,035 milhão para o município de Glória (BA), cuja prefeita, Ena Wilma, é mulher do ministro.
Em novembro, reportagem da revista “Época” dizia que o ministro usou o cargo para obter patrocínio estatal para a Festa do Bode, em Paulo Afonso, reduto eleitoral de seu filho, o deputado estadual Mário Filho, no interior da Bahia.
Ao participar de evento do governo da Bahia naquele mês, Negromonte chorou e criticou os adversários e a imprensa pelas denúncias. Disse que era alvo de “fogo amigo”, aliados que, segundo ele, teriam “interesse no ministério”.
"As denúncias vieram de parte da imprensa certamente insatisfeita com o governo federal, [que quer] enfraquecer a presidente Dilma. É uma mulher, existe discriminação. Existe discriminação com nordestino. Fizeram uma ilação sobre a Festa do Bode. Se fosse Festa da Uva, da Maçã, certamente ninguém faria discriminação. Como a Festa do Bode é coisa de nordestino, o ministro é nordestino, tome cacetada", disse Mário Negromonte.
AGUINALDO RIBEIRO É O NOVO MINISTRO DAS CIDADES
AGUINALDO RIBEIRO É O NOVO MINISTRO DAS CIDADES
O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, é deputado federal pela Paraíba e líder da bancada do PP na Câmara dos Deputados.
Com 42 anos, se afastará de seu primeiro mandato na Câmara para assumir a pasta, no lugar do correligionário Mário Negromonte (PP-BA), que saiu nesta quinta (2) após uma série de acusações de irregularidades. Ele é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tem pós-graduação em Administração.
Ribeiro é do grupo do ex-ministro Márcio Fortes, também do PP, que retirou apoio à permanência de Negromonte na pasta diante de seu crescente desgaste político. Foi reeleito líder na Câmara, onde representa 39 deputados, além de ter o aval do senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
Ele também preenche, segundo o blog da Cristiana Lôbo, o perfil definido pela presidente Dilma Rousseff: um deputado da região Nordeste, que, como líder da bancada na Câmara, fale pelo partido ou tenha o apoio da maior parcela dos parlamentares da legenda - o que já não acontece mais com Negromonte.
Em votações importantes no Congresso, como a aprovação do salário mínimo de R$ 600 e a emenda 164 ao Código Florestal, Ribeiro votou com a base aliada ao governo. Dias antes de sua nomeação, já havia sido recebido pela presidente no Palácio do Planalto.
Natural de Campina Grande (PB), Ribeiro já foi secretário estadual de Agricultura, Irrigação e Abastecimento e de Ciência e Tecnologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente. Foi também secretário municipal de Ciência e Tecnologia em João Pessoa, além de já ter contabilizado dois mandatos como deputado estadual.
Ele chegou a responder no Tribunal Regional Federal da Paraíba a processo impetrado pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa na época em que era secretário de Agricultura.
Segundo a ação, que teve julgamento favorável ao deputado e ainda cabe recurso, foram encontradas supostas irregularidades em dispensa de licitação em convênio da secretaria com o governo federal. Também foram identificadas aquisições de equipamentos com verba originalmente destinada ao combate da febre aftosa, prevista no mesmo contrato.
Em sua defesa, Ribeiro argumentou que o convênio foi estabelecido dentro da legalidade e os equipamentos comprados emergencialmente, o que dispensaria licitação.
(Com informações do G1)
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ETA GOVERNO CORRUPTO ESSE! AINDA TEM GENTE QUE NÃO ENXERGA, MAS TAMBÉM, DÃO UM BOLSA FAMÍLIA PARA TAPAR A BOCA E VEDAR OS OLHOS DA MAIORIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. DÁ NISSO AÍ. AGUENTA POVO BRASILEIRO!
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