Mais de 12% do total de analfabetos do Brasil (14,1 milhões) está na Bahia: 1,8 milhão de baianos com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever, o que corresponde a 16,7% da população do Estado nesta faixa etária. A boa notícia é que entre 2004 e 2009, houve queda de 4,24 pontos percentuais nesta taxa.
A diminuição é mais significativa do que no Brasil, onde houve recuo de 1,8 ponto percentual, e do que no Nordeste, onde foi registrada a maior queda regional do País no número de analfabetos, 3,7 pontos, chegando a 18,7% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quarta-feira, 8, pelo IBGE. Os números verificados na Bahia e no Nordeste, no entanto, ainda são bem maiores do que a média nacional (9,6%).
No Estado, o analfabetismo ainda é mais preocupante na zona rural, onde estão concentrados pouco mais de 53% (962 mil) dos moradores com incapacidade de realizar leituras ou escrever. Nas áreas urbanas, os números também impressionam: 845 mil pessoas que vivem nas cidades enfrentam o problema.
“No meio rural ainda há uma grade deficiência na oferta de escolas, de infraestrutura adequada para a alfabetização. Já os números do meio urbano sofrem reflexos da presença das pessoas que saíram da zona rural para as cidades, levando consigo os problemas, como o analfabetismo”, explica Joilson Rodrigues, coordenador de informação do IBGE na Bahia.
Mais de 95% dos analfabetos baianos têm 25 anos ou mais, o que, segundo Rodrigues, mostra que este é um problema histórico, que deve ser superado já nesta geração, uma vez que quase 98% dos baianos com idade entre 7 e 14 anos estão estudando. “Quando nós falamos em analfabetismo, falamos em um passivo histórico. A taxa vai crescendo à medida que se aumenta a idade. O que se espera é que a nova geração não contribua com a ampliação das taxas”, disse.
(Fonte: A Tarde)
0 comentários - Comente esta notícia clicando AQUI:
Postar um comentário